Você provavelmente já ouviu falar em toxoplasmose, doença infecciosa, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii, encontrado nas fezes dos gatos. A toxoplasmose pode infectar quase todas as partes do organismo e gerar sérias infecções nos olhos, que se não forem tratadas adequadamente, podem levar à cegueira.
A doença é adquirida pela ingestão de alimentos contaminados, como carnes malcozidas, especialmente porco e carneira, verduras e legumes, que abriguem os cistos do Toxoplasma após terem tido contato com as fezes de animais hospedeiros.
Outra forma bastante comum de transmissão é através da placenta, no caso de mulheres grávidas. E crianças com toxoplasmose congênita têm mais chances de apresentar lesões oculares no decorrer dos anos.
Entre os sintomas mais frequentes da doença é a diminuição da visão. Também podem ser observadas vermelhidão nos olhos, dor, fotofobia (sensibilidade à luz), ou visão de pontos pretos flutuando na frente dos olhos.
Outros sintomas como dor de cabeça, coriza, dores no corpo, febre, fadiga e dor de garganta também podem surgir.
Diagnóstico
A avaliação de fundo de olho e exames de sangue específicos podem confirmar a doença. Mas, é importante lembrar que o fato da pessoa ser portadora de toxoplasmose não significa que ela irá ter problemas oculares.
Uma forma branda da toxoplasmose ocular, e que não costuma deixar sequelas, é aquela que causa uma lesão na parte anterior do olho. Contudo, existe uma forma mais severa, que pode ocasionar lesões na retina e na coroide (membrana que envolve o olho). No caso da retina, que é responsável por captar as imagens e conduzi-las para o cérebro, a toxoplasmose ocular pode deixar uma cicatriz, prejudicando a visão.
Tratamento
Geralmente, o tratamento é feito com colírios anti-inflamatórios e cicloplégicos (aqueles que dilatam a pupila) para diminuir a dor. O mais importante, porém, é conduzir o tratamento com antibióticos por via oral.
Outra característica típica da toxoplasmose ocular é que ela pode voltar. A ciência ainda não descobriu por que algumas pessoas voltam a apresentar a doença ao longo da vida, enquanto outras não. A queda de imunidade pode ser um dos fatores que propiciem a volta da infecção.