A catarata é uma doença ocular relacionada ao envelhecimento natural do ser humano. Caracterizada pelo embaçamento do cristalino, cuja principal função é fornecer nitidez à visão, a condição é considerada a principal causa de cegueira prevenível no mundo.
Embora seja uma doença bastante comum, ainda existem muitos mitos em torno de suas causas e tratamentos. Confira a seguir quais são eles e esclareça as suas dúvidas:
1 – A catarata pode ser prevenida.
Mito. As lentes dos olhos envelhecem naturalmente à medida que os anos passam. Esse processo é inevitável. Porém, o progresso dessa condição pode ser abrandado ao se manter uma alimentação mais saudável, evitar o tabagismo e usar óculos escuros com proteção UVA e UVB.
2 – A cirurgia de catarata é perigosa e a recuperação leva meses.
Mito. A cirurgia de catarata é um dos procedimentos cirúrgicos mais seguros que existem e apresenta altas taxas de sucesso. Claro, que como em qualquer cirurgia, existem riscos e eles devem ser discutidos com o oftalmologista antes do procedimento. Normalmente, os pacientes observam melhorias na visão imediatamente após a cirurgia, e outros notarão melhorias graduais alguns meses depois.
3 – A catarata pode voltar após a cirurgia
Mito. A lente intraocular colocada no olho possui vida útil centenária e, portanto, a doença não voltará mais. O que pode ocorrer, em alguns casos, é um processo de fibrose na membrana que serve como suporte para a lente intraocular alguns meses após a cirurgia. Dependendo da intensidade dessa fibrose, a membrana pode se tornar opaca prejudicando a visão. Mas, um procedimento a laser pode resolver o problema.
4 – Além do envelhecimento, existem outros fatores que podem levar à catarata.
Verdade. O envelhecimento é a principal causa da catarata, no entanto, diabetes, intensa exposição à luz solar, tabagismo, obesidade, colesterol alto e administração de certos tipos de medicamentos também estão relacionadas a um risco maior de desenvolvimento da doença.
Além disso, algumas crianças podem nascer com a condição (catarata congênita), e certos tipos de lesões, inflamações e outras doenças oculares e autoimunes podem contribuir para o desenvolvimento da catarata.