Ceratocone – A doença que deixa a córnea em formato de cone. Você já ouviu falar em ceratocone? Imagine começar a enxergar tudo distorcido, duplicado e borrado. Pois bem, esses são alguns dos sintomas dessa doença ocular, que é progressiva e afeta as estruturas da córnea, deixando-a mais fina e em formato de cone.
Ainda não se sabe as causas exatas do ceratocone, porém estudos sugerem que diversos fatores contribuem para o desenvolvimento do problema, como herança genética, coçar os olhos e processos alérgicos. O ceratocone é uma condição rara e estima-se que afete uma em cada 20 mil pessoas.
Geralmente, a doença aparece na adolescência e começa a ser percebida com o aumento do astigmatismo. Na fase inicial, o problema é identificado como um astigmatismo irregular, levando o indivíduo a trocar de óculos com muita frequência. Com o passar do tempo, os óculos já não resolvem mais o problema e os sintomas de visão borrada e distorcida, sensibilidade à luz, imagens duplicadas passam a ser as principais queixas de quem sofre com a doença.
A estabilização do ceratocone ocorre em 95% dos casos em pessoas com idade entre 30 e 40 anos.
Diagnóstico
O diagnóstico do ceratocone é realizado de acordo com as características clínicas do paciente e por meio de exames como a topografia e tomografia de córnea. O ceratocone pode ser classificado em 4 graus evolutivos:
– Grau 1 – incipiente
– Grau 2 – moderado
– Grau 3 – alto
– Grau 4 – avançado
Segundo especialistas, quanto mais cedo for o aparecimento, pior é o prognóstico.
Tratamento
O tratamento consiste nas seguintes alternativas pela ordem: utilização de óculos, lentes de contato específicas e cirurgias, como a técnica Crosslinking que tem como finalidade aumentar a estabilidade e resistência da córnea.
No entanto, o único método que elimina o problema e indicado em estágios mais avançados é o transplante córnea.
Cada procedimento deve ser indicado por um oftalmologista de acordo com o grau evolutivo de cada paciente.